terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

...Não encontro um titulo....

"Ouvi dizer
Que o nosso amor acabou
Pois eu nao tive a nocao do seu fim.
Pelo que eu ja tentei
Eu nao vou ve-lo em mim
Se eu nao tive a nocao de ver nascer o homem.

E ao que eu vejo
Tudo foi para ti
Uma estupida cancao que só eu ouvi
E eu fiquei com tanto para dar
E agora nao vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva

E pudesse eu pagar de outra forma ..."


Esta música, apesar de ser numa outra óptica, vem na sequencia de uma discussão que ouvi na Sic Radical, sobre a "desculpa" do "apareceu outra pessoa" quando alguém acaba uma relação, para camuflar outros aspectos ...
Considero o factor "outra pessoa" como uma dádiva para quem quer dar por encerrada uma relação mas não sabe como faze-lo, ou pior como admiti-lo a si mesmo que o fim chegou.
Quando chega o ponto em que te enamoras por outra pessoa, é porque a relação em que te encontras está no seu último suspiro, ou porque já não te encontras feliz ou então o amor que sentias por alguém pura e simplesmente acabou e no entanto é raro a pessoa que assume isso com a frontalidade que o outro merece.
Vejo e conheço pessoas que preferem o "conforto" da relação apática e em fase terminal, ao medo do desconhecido e do novo, porque com eles vem o fardo do mudar.
Eu nunca tive medo do novo, do desconhecido, do ficar sozinho...prefiro a solidão ao amorfo, ao estagnado...não sou fã de lutas contra moinhos de vento, essa tarefa deixo a para D.Quixote.
Não preciso da rede de segurança de ter outra pessoa onde me agarrar, para terminar algo que me traz tudo excepto o que realmente me deveria trazer: felicidade.
Abomino pessoas que para serem capazes de tomarem decisões, necessitam de ter a rede de segurança bem esticada com todos os angulos bem cobertos...como os covardes.
Gosto de quem não tem medo de se confrontar com os seus receios, com a realidade nua e crua das suas relações e dos seus sentimentos...onde as desculpas de conveniencia não servem de desculpabilização para não lidar com o que realmente interessa.
Gosto de quem assume o que sente sem rodeios, sem malabarismos e subterfugios, mesmo sabendo que a solidão e a saudade espreitam na esquina mais próxima...e que não precisa de dizer que encontrou outro alguém para ter a consciência aliviada....

2 comentários:

Lia Ferreira disse...

"Ouvi dizer
Que o mundo acaba amanha
E eu tinha tantos planos p'ra depois
Fui eu quem virou as paginas
Na pressa de chegar até nós
Sem tirar das palavras seu cruel sentido.

Sobre a razao estar cega
Resta-me apenas uma razao
Um dia vais ser tu
E um homem como tu
Como eu nao fui
Um dia vou-te ouvir dizer

E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma

Sei que um dia vais dizer

E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma

A cidade esta deserta
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte
Nas casas, nos carros,
Nas pontes, nas ruas...
Em todo o lado essa palavra repetida ao expoente da loucura
Ora amarga,ora doce
Para nos lembrar que o amor é uma doenca
Quando nele julgamos ver a nossa cura"

Faltava a parte mais bonita desta música...
Quanto ao que escreveste...é por isso que nos damos tão bem...sem subterfugios:)

Inês Rosa disse...

Então gostas de mim ;)